Resenha: Hamlet - William Shakespeare
- Samantha Santos

- 23 de mai.
- 2 min de leitura
Um livro que traz a dor de um filho em busca de vingança para a morte de seu pai e a complexidade de viver com o turbilhão de emoções dentro de se
Ouso dizer que, até o momento, Hamlet é o meu personagem preferido do William Shakespeare. Com uma vida caótica e uma personalidade mais caótica e dramática ainda, Hamlet não recebe bem a morte de seu amado pai, ao mesmo tempo, tenta lidar com a tempestade de emoções que o cerca.

Com a morte de seu pai, seu tio se torna o novo rei da Dinamarca, se casando com a viúva de seu irmão e assumindo o trono. Hamlet vê a sua vida virar de ponta cabeça e os questionamentos aparecerem. Do além, o seu tão amado pai aparece e lhe conta quem foi o autor de sua morte. E assim, Hamlet se encontra consigo mesmo, no meu de sua loucura mental e de vingança. O drama o cerca e o assombra, e a incompreensão das suas atitudes ficam visíveis perante aqueles que não conhecem a verdade: “Será que Hamlet estaria louco?”.
Posso responder isso, não! Hamlet não estaria louco, pouco mais delirando, estava somente vivendo a intensidade que não lhe cabia no peito. Mesmo com o drama sem fim e seus textos complexos sobre a existência do seu ser, o personagem entrega a dramaticidade fiel e verdadeira.
Shakespeare escreveu Hamlet entre os anos 1566 e 1601, muitos historiadores dizem que foi após a perda do seu filho com o mesmo nome. Onde seria uma peça escrita sobre a perda de um pai ao seu filho e a complexidade de entender e compreender essa dor, mas William nos presenteou com a dor de um filho ao perder o pai e descobrir que o culpado pela sua morte sempre esteve ao seu lado.
“Ser ou não ser, eis a questão”
Porque, mesmo que tenha um culpado, Hamlet de certa forma se sente lesado de várias maneiras pelas pessoas em quem ele mais confiava. Onde ele depositou confiança, recebeu uma traição de tal tamanho que o enlouqueceu a mostrar a verdade para todos, não importa quem tenha que sair machucado.
Mas, como estamos falando de William Shakespeare, o grande escritor de tragédias inglesas, não poderia faltar o Grand Finale. Quando todos têm os seus destinos encontrados e entrelaçados ao grande drama que é feito e aceito pela plateia. Que, ao fim de tudo, só aplaude e sai.
Hamlet é uma das obras mais intensas e cheias de emoções que li, com um final digno de peça de teatro.






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