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Resenha: Quem é você, Alasca? - Jonh Green

  • Foto do escritor: Samantha Santos
    Samantha Santos
  • 11 de mar.
  • 3 min de leitura

Em Quem é você, Alasca? O escritor John Green atingi a sua excelência na escrita





“Não dá para simplesmente ficar prolongando certas coisas para sempre. Chega um momento em que o melhor a fazer é arrancar o Band-Aid. Isso doi, mas depois passa, e então vem o alívio.” Frase do livro de Jonh Green.


Quando conhecemos uma pessoa com personalidade diferenciada, tudo que queremos saber é: quem é essa pessoa? O que ela gosta é do que não gosta? Como podemos ser amigos? E como conviver de uma forma civilizada? Bem, são perguntas que não funcionam com qualquer pessoa.


Foi assim que Miles Halter se sentiu quando viu Alasca Young pela primeira vez, pode dizer que se apaixonou? Sim, com toda certeza. E quem não iria se apaixonar pela Alasca?


Quem é você, Alasca? John Green nos faz entrar na vida de jovens adolescentes que estudam em uma escola interna, mais precisamente na vida de Miles Halter, que está cansado da sua vida na Florida e pede aos pais para o colocarem na famosa Escola Culver Creek, instituição na qual o seu pai já tinha estudado quando jovem. Lá ele vai em busca de aventura e de novas descobertas. E acaba encontrando Chip Martin, que seria dali para frente um grande amigo, e Alasca Young pelo qual se apaixonaria. Entre estudos e se divertir com os seus amigos, a perda chega mais rápido do que parece para Miles. E saber conviver com isso pode ser mais difícil do que parece.


Green escreveu este livro após os ataques de 11 de setembro, que aconteceram contra as torres gêmeas em Nova York, em 2001. Ele disse que, naquela época, muitos especialistas e psicólogos diziam que os americanos iriam ver as suas vidas como antes e depois dos ataques. E foi isso que ele queria trazer para o livro, um antes e depois de um grande fato que iria mudar a vida daqueles jovens. Como um antes e depois que tem a possibilidade de mudar a vida de qualquer pessoa.





Quem é você, Alasca? John Green montou o ambiente perfeito para a perda do personagem, que ao deixar a história em um ponto crucial, se tivesse ficado, poderia ter mudado tudo. E a partir daí mostra como cada um lida com o luto.


Porque aqueles que se foram, se vão. Porém, a dor que cada pessoa sente com a perda pode afetar bruscamente a sua vida, a busca por resposta pode ser na maioria das vezes a única forma de trabalhar e conhecer os seus sentimentos. 


John Green definitivamente escreveu um livro sobre a perda, como nós perdoamos? Como darmos adeus a algo que ainda não estamos preparados? E como acharmos a saída do labirinto da nossa vida? São perguntas que não são fáceis de achar a resposta, mas tentamos gradualmente. Green colocou esse questionamento nas mãos de jovens que estão começando a vida agora. E de uma forma avassaladora.


Os personagens construídos por Green são extremamente exclusivos, a construção das suas histórias e o crescimento das suas personalidades perante os fatos constituídos pelo autor nos faz lembrar que, no final de tudo, eles ainda são jovens, que vão ter que se levantar depois de uma grande perda. Mesmo Alasca roubando a cena na maior parte da história, por ser uma jovem mulher com personalidade forte, que sabe o que quer e deixa claro os seus posicionamentos perante a sociedade, Miles tem a maior evolução no livro.


John Green realmente foi muito perspicaz na construção de Quem é você, Alasca? Trazendo para o leitor uma história de superação e ensinamento. A edição que obtenho é a comemorativa de 10 anos, então traz comentários e entrevista do autor, falando um pouco mais sobre o livro. Que deixa tudo ainda mais interessante.



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