Resenha: O Menino do Pijama Listrado - John Boyne

John Boyne entrega para o leitor uma história comovente de dois meninos que se conheceram da forma mais inesperada possivél

“O Menino do Pijama Listrado” é aquela história que te faz chorar e refletir sobre como o ser humano pode ser perverso uns com os outros e como a humanidade pode ser ignorada sem o menor remorso. Onde os culpados nunca vão pedir perdão e vão demonstrar orgulho daqueles que são e fizeram.

Mas mesmo assim, vemos que quando duas crianças se encontram, elas não carregam nada além da vontade de viver e se conectar, mostrando como a humanidade deve ser mutual.  

Nesta história, nos deparamos com dois meninos, Bruno, de nove anos, onde, um dia após voltar da escola viu que a sua vida mudaria, o emprego do seu pai havia solicitado que ele fosse transferido para o interior, um lugar onde não tinha vizinhos e não tinha crianças com quem ele poderia brincar, mas tinha soldados entrando e saindo da sua casa a todo momento. Ao fundo da sua janela do seu quarto, havia um local peculiar onde tinha várias cercas e muitas pessoas vestindo o mesmo pijama listrado. Um dia, no meio da sua exploração pela nova moradia, ele encontra um menino. 

Shmuel, de nove anos, que nasceu no mesmo dia e ano de Bruno, mas ele está pelo lado de dentro da cerca, veste um pijama listrado e tem vários outros meninos consigo, mas ninguém brinca. 

“O Menino do Pijama Listrado” é a ficção que poderia ser considerada uma história real, ao demonstrar o desespero do ser humano pelo ódio e a aniquilação dos próprios seres sem nenhum propósito real, a não ser disseminar o ódio. 

John Boyne trouxe a simplicidade de dois meninos descobrindo um mundo novo cheio de ódio, que conseguiram se igualar, afinal de contas, não tinha nada de extraordinário que os fizesse diferente, eles tinham mais incomum do que diferenças. Não é fácil escrever uma história, onde temos o Nazismo e toda a sua segregação. 

A primeira vez que eu ouvi falar do Menino do Pijama Listrado, eu estava na escola, acredito que na 2ª Série, a professora colocou o filme e nunca chorei tanto na minha vida. Ao mesmo tempo, não entendi como o ódio podia ser tão grande, eu tinha menos de 8 anos e podia sentir toda dor que aquelas duas crianças estavam sentindo.