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Resenha: O Colecionador

  • Foto do escritor: Samantha Santos
    Samantha Santos
  • 11 de mar.
  • 2 min de leitura

John Fowles transforma o seu primeiro livro de terro em um clássico do geral muito bem escrito


Sabe aquele começo onde já pressentimos que algo não dará certo no final? Essa foi a minha impressão já no primeiro capítulo do O Colecionador. Posso colocar entre os melhores começos que já li, pois, já de cara, o autor sabe te deixar aflita e na espera do pior. John Fowles soube usar das artimanhas do gênero suspense/terror em seu livro de estreia, mesmo que por um minuto você ache que já ouviu ou leu uma história parecida.

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Frederick Clegg é um psicopata que tem uma obsessão pela Miranda, uma jovem mulher que ele conheceu ainda adolescente na cidade onde moravam. E com isso, após descobrir o local onde ela está estudando, arma um plano para capturá-la e fazer dela a sua prisioneira. Frederick, desde pequeno, pareceu ser um garoto estranho com obsessões, mas nunca pensou que quando crescer poderia ver as suas diferenças o levar tão longe.


Durante os momentos em que Miranda está presa, pode-se perceber que ele tenta autoafirmar que aquilo que está fazendo é bom para ele e, ao mesmo tempo, é bom para ela. Que ela de alguma forma irá amar-ló e o aceitará assim como ele é. Visto que, ao final de tudo, ele está fazendo isso porque a ama mais que qualquer pessoa poderia. 


Miranda, ao mesmo tempo, nunca o havia percebido durante a sua vida, até o fatídico dia em que ele a abordou na rua e pediu a sua ajuda. Ela cursa artes e gosta de sair com os amigos. É uma mulher boa, que tenta, ao seu modo, sair daquela situação com as armas que tem. 


A trama se passa em uma casa numa floresta, onde ninguém poderá ouvir os gritos de Miranda ou perceber a estranheza de Frederick. Uma casa que será peça central para as loucuras de Frederick e guardará os seus segredos até o último dia. 


Sendo narrado por Frederick na primeira pessoa, nos faz perceber que nem ele se autoconhece e não sabe dos seus limites. Não imagina que a frieza que ele sente em determinados momentos o levará a fazer o imaginável. 


Imaginável, essa é a palavra que define essa história, até onde se pode imaginar e até onde se pode executar os seus mais perversos fetiches para o amor-próprio. E qual frio Frederick será para repeti-los novamente?




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